24 abril 2011

Curto e Grosso


Uma grande parte dos eleitores encaram os partidos políticos como clubes de futebol. Esta é uma constatação da realidade indesmentível e ancestral, que agora, inclusive, está a ser usada por Paulo Portas na sua campanha eleitoral. De facto, os dois maiores partidos portugueses conseguem ter pelo menos 20% dos votos, independentemente de terem nas suas rédeas Mário Soares, Sá Carneiro, ou ... o macaco Adriano. O mesmo se verifica, embora com percentagens substancialmente menores, em relação ao PCP e ou CDS.
Esta forma de encarar a política conduziu ao enfraquecimento, em termos qualitativos, dos quadros dos diversos partidos e permitiu o enraizamento do clientelismo partidário. A falta de crítica e de escrutinamento, aliada ao completo alheamento de muitos, permitiu a criação das gigantescas sanguessugas que são os partidos políticos de hoje.
Urge a necessidade de todos tomarmos atitudes mais activas e críticas. Todos temos de participar e de contruir uma nova e melhor democracia. A velha está podre e infestada de doenças.

23 abril 2011

Portugal vai ter um novo rumo (2005)


Este era um dos cartazes das eleições legislativas de 2005 e não obstante haver muita gente a apelidar José Sócrates de mentiroso, não há quaisquer dúvidas que o homem cumpriu o que prometeu.
Para que seja melhor entendida esta afirmação, basta atentar ao quadro seguinte:

                                                  2004                      2010
Défice Orçamental:                  3,4%                      8,6%
Taxa de Desemprego:              6,7%                     10,8%
Dívida Pública:                        58,3%                    92,4%

De facto, José Sócrates e o seu governo conseguiram:
  • aumentar a taxa de desemprego em cerca de 60% (a parte de criar 150.000 empregos era só para dar um toque de humor à campanha);
  • quase triplicar o défice orçamental;
  • aumentar a dívida pública em quase 60%*.
Temos então, que de facto o rumo do país mudou radicalmente. Antes tinhamos uma taxa de desemprego dentro de níveis razoáveis, agora o desemprego e a precariedade no emprego são uma imagem de marca do país; antes, o défice e a dívida pública cumpriam os critérios de convergência, hoje, estão claramente acima, implicando uma chuva de políticas de austeridade que atacam severamente o cidadão português e, neste momento, a própria soberania do estado, depois da necessidade de pedir ajuda à União Europeia e ao F.M.I..

Parabens Sr. José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa. Não há muitos políticos que cumprem tão bem as promessas quanto vossa excelência.


*Este valor respeita apenas à dívida do Estado, enquanto administração pública central e periférica. A dívida das empresas públicas não está incluída nos valores de nenhum dos anos, bem como os encargos futuros com as parcerias público privadas, os quais se estimam, em 2010, em cerca de 60 mil milhões de euros. Trata-se de desorçamentação alimentada pelos sucessivos governos desde 1992 e aceite alegremente pela União Europeia.

Naming do Estádio da Luz

Novas Bilheteiras do Sporting

22 abril 2011

O mais recente adepto do Sporting


Apesar do sua lista não ter vencido as eleçiões, o trabalho iniciado por Paulo Futre já dá os primeiros resultados.

Um conflito de gerações latente

"Não nos interessa como. Continua a aguentá-lo!!!"


Anuncia-se um conflito de gerações. Será que os mais novos têm de pagar as múltiplas reformas dos mais velhos que não contribuíram para as ter? Porque razão não fazem a média da vida contributiva destes e lhe aplicam um coeficiente. Porque razão não é atribuída apenas uma pensão a cada pessoa?
Só pode ser por falta de vergonha.

A Segurança Social: Onde Maddoff se inspirou



- Muito bem Madoff! Onde é que foste buscar a ideia de pagar aos primeiros investidores com o dinheiro dos últimos?
- Ao sistema da Segurança Social!


Qualquer semelhança desta brincadeira com a realidade, não é pura concincidência. De facto, os direitos ainda hoje concedidos aos beneficiários mais velhos, não têm qualquer paralelo com o realidade do país. A demografia e o excesso de beneficios relativamente às contribuições entregues pelos mais velhos, conduzem este sistema ao colapso e, consequentemente, os contribuintes mais novos não vão ter quaisquer contrapartidas das suas contribuições.
Será que haverá alguém com a dignidade de colocar justiça neste sistema tão necessário?