Uma grande parte dos eleitores encaram os partidos políticos como clubes de futebol. Esta é uma constatação da realidade indesmentível e ancestral, que agora, inclusive, está a ser usada por Paulo Portas na sua campanha eleitoral. De facto, os dois maiores partidos portugueses conseguem ter pelo menos 20% dos votos, independentemente de terem nas suas rédeas Mário Soares, Sá Carneiro, ou ... o macaco Adriano. O mesmo se verifica, embora com percentagens substancialmente menores, em relação ao PCP e ou CDS.
Esta forma de encarar a política conduziu ao enfraquecimento, em termos qualitativos, dos quadros dos diversos partidos e permitiu o enraizamento do clientelismo partidário. A falta de crítica e de escrutinamento, aliada ao completo alheamento de muitos, permitiu a criação das gigantescas sanguessugas que são os partidos políticos de hoje.
Urge a necessidade de todos tomarmos atitudes mais activas e críticas. Todos temos de participar e de contruir uma nova e melhor democracia. A velha está podre e infestada de doenças.