23 maio 2010

Imaginação Tributária

O futuro em Portugal a partir de 2014 ....

Pobreza de Espírito

Um país onde se admite a possibilidade de taxar o subsídio de Natal, ou mesmo acabar com ele, mas que gasta de dinheiros públicos para TGV, altares, estádios de Futebol, frotas milionárias para gestores públicos, reformas obscenas a quem trabalha meia dúzia de anos ou nem tanto, etc... é um país pobre, de facto. Mas de espírito, antes de mais.

21 maio 2010

Já imaginás-te com será a professora nua?

Não consigo perceber o problema de uma professora posar nua na playboy. Penso que esta atitude até é de louvar, dado que promove a atenção nas suas aulas.
Concretizando, muitos alunos (pelo menos os que não são azarados ou que não têm tendências contrárias) perdem-se nas aulas a imaginar como seria nua determinada professora bonita. Ora neste caso, se um aluno dissesse ao outro, "Já pensás-te como será a professora sem roupa?", obteria a resposta, "Não pá, não perco tempo com isso, já a vi!".

18 maio 2010

A visita do Papa

17 maio 2010

Mas ele mentiu ... pá!

15 maio 2010

Coitadinho de Portugal

Tenho ouvido e lido alguns comentários de pessoas responsáveis que penso serem de enorme insensatez.
Então o coitadinho do PS limitou-se a seguir o trilho definido pelo PSD? Peço desculpa, mas não faz sentido. Não podemos diminuir a intelectualidade de um partido dessa forma, pois até parece que os "coitados" não sabem pensar pela sua cabeça e que só sabem seguir o "líder" PSD.
Sejamos honestos e temos que dizer que o PS governou e tem governado como bem entende, pois até teve várias maiorias, umas derivadas de eleições e outras, derivadas de lacticínios do norte. Se seguiu a mesma linha estratégica é porque entendeu, mal ou bem, que era a melhor na altura. Ponto.
Quanto ao cavaquismo, penso que teve virtudes e defeitos, sendo o maior deles o modo como implementou o 1º Q.C.A.. Se o objectivo na altura era a formação (penso que bem, na perspectiva correcta de ensinar a pescar, em vez de dar o peixe), a prioridade foi trocada, ou melhor, a parte mais importante nunca foi levada a cabo.
Os primeiros que precisavam de formação eram os nossos empresários, que tinham e têm qualificações baixíssimas e que, na maioria, entendiam (entendem) as empresas como escravas deles e das suas famílias, sugando-as até ao tutano. Quem não conhece(u) empresas que compr(av)am automóveis para o pai, para a mãe, para os filhos, que pag(av)am as contas de telemóvel de todos os entes queridos, … .
De nada vale ter bons militares se não temos um bom general, de nada vale ter bons jogadores se não temos um bom treinador (temos no Benfica um bom exemplo). Contudo e até hoje, nunca o estado promoveu quaisquer acções de formação para empresários e devia tê-lo feito, aliás devia ter exigido que, para terem acesso aos fundos de formação para os trabalhadores, tivessem frequentado primeiro uma espécie de MBA, com vários níveis ajustados às qualificações e necessidades específicas.
Assim, talvez o dinheiro vindo da então C.E.E. tivesse de facto sido aplicado mesmo na formação profissional e não na modernização do parque automóvel e habitacional português. Assim, talvez as nossas empresas fossem hoje mais modernas, qualificadas e competitivas.
Quanto às finanças públicas, o seu estado actual também deriva, como é óbvio, do deficiente desenvolvimento económico e social do país. Mas também não pode ser dissociado da governação e dos partidos políticos. O orçamento de estado é uma grande travessa ao serviço de todos os partidos. Em Portugal Proliferam:
  • organismos públicos repetidos, muitos deles que nada fazem ou produzem;
  • um grande número de assessores para detentores de cargos públicos;
  • altos cargos em organismos públicos ocupados por indivíduos cujo único predicado que se lhes reconhece é serem portadores de um cartão partidário, contribuindo com a sua incompetência para a má gestão dos mesmos;
  • funcionários públicos que apenas o são pelo critério do cartão ou do grau de parentesco/afinidade;
  • os chamados papa-reformas, que têm 2, 3, 4 e mais pensões milionárias quando comparadas com a generalidade dos pensionistas, por conta de meia dúzia de dias passados em determinados cargos;
  • as indemnizações obscenas pelo abandono de cargos de confiança política;
  • as ajudas de custo e demais subsídios sem sentido, atribuídos a titulares de cargos políticos, isentos de impostos (existem muitos deputados a receber mais nestes “complementos” que no recibo de ordenado (a A.R. faz dois recibos);
  • um grande número de freguesias (mais de 4.000, sendo que o concelho de Barcelos tem cerca de 90!) às quais correspondem dezenas de milhares de membros a receber, mais que não seja, senhas de presença;
  • os presidentes destas juntas têm lugar nas assembleias municipais, recebendo também daí por sessão, pelo que, em muitos dos casos, são marcadas várias pequenas sessões de 1 a 2 horas para aprovar decisões menores em vez de fazer uma de 3 ou 4 horas;
  • os membros das assembleias municipais que também têm direito a subsídios de deslocação do tipo da “amiga” Medeiros;
  • ……

Tudo isto para um Estado autofágico, que produz pouco e que consome cerca de 70% dos serviços por si produzidos, não estando focalizado em servir o cidadão e a empresa.

Para além grande travessa, Portugal paga reformas com base nos últimos salários, só recentemente foi introduzida a média da vida contributiva. No privado e devido à fraude, declaravam salários mínimos a vida inteira e depois, nos últimos dez anos, passavam a declarar os montantes reais. No publico recebem com base no último salário, que obviamente é muito mais elevado que o 1º (um professor, por exemplo e sem outro intuito que não o contexto em que escrevo, recebe cerca de 1.000€ no 1º escalão e quase 3.000€ no 10º!).
Isto faz com que a segurança social esteja descapitalizada e que a grande maioria dos reformados de hoje estejam a receber montantes para os quais nunca descontaram. Mas, mais grave, é que as pensões sobreavaliadas estão a ser pagas e bem pagas, por quem vai ter pensões miseráveis daqui a 30 anos (será que ainda existirão?).
Tenho muito mais para acrescentar, mas para não escrever aqui um orçamento de estado, por agora fico por aqui, deixando apenas uma nota.
Quando Cavaco Silva saiu do governo, o O.E. representava cerca de 38% do P.I.B. português, em 2010 o O.E. representa 52%, sendo que o nível da economia paralela em 1995 era muito superior ao deste ano. Ou seja, se o nível de evasão de 95 fosse idêntico ao de hoje, o O.E. representaria muito menos dos 38% do P.I.B. citados. Assim, parece que a frase inscrita na constituição de 1976 e retirada, salvo erro, em 1989, nunca esteve tão perto de ser verdade: “A República Portuguesa é um Estado democrático […] que tem por objectivo assegurar a transição para o socialismo”.
Nota: Bem sei que hoje em dia existem muitos jovens empresários em dificuldades e que não se enquadram na descrição empresarial efectuada, mas até há meia dúzia de anos o país era fértil no que descrevi).