14 setembro 2005

Jornalistas ???

Vi praticamente todo o encontro da liga dos campeões de ontem entre o Glasgow Rangers e o F.C. Porto.
Durante quase toda a partida, os nossos dragões foram muito superiores aos escoceses e mereciam, sem dúvida, trazer para Portugal um resultado bem mais positivo: a vitória.
Tiveram mais posse de bola, melhor fio de jogo, mais remates e sobretudo mais oportunidades de golo. Simplesmente, falharam na concretização das ocasiões criadas e em todos os golos consentidos, que foram fruto, não de mérito do adversário, mas de muita permeabilidade defensiva e, num deles, de um "erro" do árbitro do encontro.
Analisando o trabalho do árbitro, a avaliação mais imediata que se pode fazer é considera-lo de índole caseira. Permitiu durante todo o encontro a agressividade excessiva dos escoceses, raramente os admoestando disciplinarmente e mais grave, validou o 2º golo do Glasgow obtido na sequência de uma falta sobre o Guarda Redes portista .
Destacando em termos disciplinares o lance de Prso com Pedro Emanuel, ou o árbitro considera que se trata de uma disputa de bola simples, com contacto faltoso do avançado do Rangers e sem qualquer admoestação ou, considera um acto de brutalidade deste jogador, que coloca em perigo a integridade física do adversário, na sequência da qual tem de exibir o cartão vermelho e ordenar a consequente expulsão do infractor. Não fez uma coisa nem outra, ficou-se pelo cobarde cartão amarelo, claramente simpático para um jogador que parte o nariz a um adversário, quando este está mais próximo da bola e a afasta muito antes da sua entrada.
Em relação ao 2º golo do Rangers, este é obtido, notoriamente, em falta. As leis do jogo determinam que o guarda redes não pode ser tocado (se o Adversário estiver imóvel não toca no G.R., é tocado por este) dentro da sua àrea de protecção, se não tiver a bola em seu poder e um dos pés apoiados no solo. Assim, Kyrgiakos disputou a bola com Baia dentro da área do G.R. e atinge-o, pelo que o golo obtido na sequência deste lance deveria ser anulado.
Infelizmente, a classe jornalística portuguesa é manchada por muitos profissionais não isentos. Então no domínio desportivo é por demais.
Casos há, em que o profissionalismo e a imparciabilidade é tanta que até levam a pensar que as suas preferências clubísticas são diferentes das que efectivamente têm. Exemplos destes são Gabriel Alves, Sportinguista que todos pensam ser Benfiquista e o malogrado Jorge Perestrelo, Benfiquista acérrimo mas que dizem ser Sportinguista.
Contudo e infelizmente, muitos há que não se primam pela conduta destes dois SENHORES citados. Analisam como lhes convém, não despem a camisola clubística dentro da redacção (p. ex. na época passada tive o desprazer de ouvir um colaborador da Sport TV no papel de comentador na TVI, a dizer "Deus queira que o Sporting não ganhe amanhã") e tentam fazer paracer que aquilo que vemos não é real.
Os comentário que li acerca do jogo anterior foram completamente desajustados da realidade, deturparam as incidências do mesmo e, sonegam o comportamento caseiro por demais evidente do árbitro nomeado para o jogo. Mais, como o lance do golo tem semelhanças com o que Luisão disputou com Ricardo em Maio - muito fresco ainda -, aquilo que não quiseram considerar falta, imputaram a um frango do G.R. do Sporting, agora sequer comentam para não trazerem lembranças recentes, num jogo de resultado 3-2, em que 1 golo é sempre importante - quer pelo desfecho do resultado, quer pelo próprio desenrolar do jogo que pode alterar-, pois aquilo que aconteceu das duas uma, ou é golo em falta ou é um grande frango do Baia.
Com jornalistas destes é preferível ler a revista Maria.