Conhecendo eu as intenções deste governo ultra-ultra liberal que apenas está ao serviço dos grandes grupos económicos que lhes irão pagar dividendos dourados das suas acções de governação, após saírem da política, vou fazer um exercício de adivinhação das medidas mais uma vez não negociadas na concertação social:
a) Redução dos escalões de IRS, mais concretamente para 3, que se traduzirá num agravamento fiscal para todos. Em termos médios e para rendimentos acima de 650 euros, o agravamento do IRS deverá rondar os 10% absolutos! Não vai subir a cotização para a Segurança Social (S.S.) do trabalhador, mas vai busca-la no IRS que dá no mesmo.
b) Aumento das taxas de IMI em 20% (por ex. taxa de 0,40% p/ 0,48%). Os portugueses são proprietários, apesar de estarem endividados aos bancos e por isso merecem ser castigados. Não vão ter dinheiro para pagar, mas logo se vê.
c) Aumento em 30% dos impostos sobre o tabaco.
d) Aumento para 26,5% (agora são de 25%) das taxas liberatórias sobre rendimentos de capital.
e) Revisão de escalões de IVA para alguns produtos.
f) Aumento do imposto de circulação automóvel de 100% para os veículos adquiridos antes da entrada em vigor do IUC e de 50% para os restantes.
g) Aumento do ISP para a Gasolina em 10%
h) Retirada de 1 subsídio aos pensionistas e funcionários públicos.
i) Redução da duração e dos montantes do subsídio de desemprego.
j) Diminuição da TSU da entidade patronal em 6,75% absolutos – Cai de 23,75 para 17%.
Resultados destas medidas:
• O consumo vai diminuir na quantidade de bens e serviços adquiridos, mas também haverá o efeito de substituição, dando lugar à aquisição de bens mais baratos. A quebra deverá rondar os 8%.
• A quebra no consumo interno conduzirá a uma diminuição da actividade económica e ao encerramento de ainda mais empresas.
• Com o encerramento destas empresas, mais algumas centenas de milhares de portugueses engrossaram o grupo dos desempregados, cuja taxa ultrapassará os 20%.
• As receitas da Segurança Social caem abruptamente. Com o aumento do desemprego as contribuições diminuem e existe ainda a perda directa decorrente da redução da taxa de contribuição das empresas.
• Contudo, as despesas da S.S. aumentarão pois o efeito da subida do nº de desempregados é maior que a redução dos subsídios.
• As receitas do IVA descem ainda mais, dada a queda do consumo.
• As receitas do IRS sobem, mas muito menos que o esperado.
• Apesar do aumento do ISP as receitas também diminuem. As pessoas não têm emprego ou falta o dinheiro para lá chegar de carro.
• ……..
Conclusão:
Os portugueses serão roubados em 2013, mas de nada adiantará e se este governo se mantiver em funções em 2014 será ainda pior.
O PIB vai cair. O Défice não é corrigido porque as receitas fiscais diminuem e porque o seu valor absoluto vai representar ainda mais em termos percentuais em relação ao PIB. A dívida pública vai crescer em termos absolutos e percentuais do PIB.