03 outubro 2015

Passos Coelho Pretende baixar o salário mínimo para os 485 euros em 2016


O governo de coligação PSD/CDS aumentou o salário mínimo (agora denominado por Retribuição Mínima Mensal Garantida ou RMMG) no final de 2014. Esta benesse tratou-se de uma medida eleitoral, dado que vai contra os princípios que norteiam a coligação, tendo até o próprio Passos Coelho afirmado no passado que o salário mínimo estava muito alto e, mais recentemente, que era necessário baixar os custos do trabalho.
O governo na sua permanente luta para enganar os portugueses, aumentou a RMMG no DL 144/2014, mas ao contrário dos outros decretos utilizados para alterar a RMMG, este não contempla apenas a data a partir da qual entra em vigor o novo montante, neste caso, o governo estipula claramente a vigência dos 505 euros para o período entre 1 de Outubro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015. Ou seja, se nada for feito até ao fim do ano, o DL 144/2014 caduca e a RMMG volta aos 485 euros no dia 1 de Janeiro de 2016.
Clara está, em minha opinião, que os contratos em vigor não podem sofrer reduções no salário, mas o mesmo não sucede para os novos contratos e bem sabemos a precariedade laboral que graça em Portugal neste momento.
 

12 novembro 2012

Passos mãos leves

Mural Merkel



Não, eles não são marionetas de Angela Merkel. Eles têm uma agenda própria e estão a escudar-se com a assistência financeira.

A ideia está engraçada, o autor executou-a primorosamente, mas não corresponde à verdade.

ICH BIN EIN BERLINER

26 outubro 2012

The Final Cut Down


Infelizmente vão haver muitos mais se esta gente continuar à frente dos destinos.

14 outubro 2012

Miguel Torga - Os revoltados


O português vai acordando, mas lentamente ...

Caso M. Relvas "visto" de Angola





Até em Angola gozam com o "Dr. Relvas". Será que não há ninguém com vergonha no governo?

Un cañón en el culo (Um canhão pelo cú)




O texto cuja tradução se segue foi escrito por Juan José Millas e publicado no jornal espanhol "El País". Está, em minha opinião,  muito bem escrito e que explica de forma simples e eloquente o que são os famosos e complexos "mercados" e a postura da classe política perante eles.

Destaco os seguintes parágrafo que faz lembrar a postura de Vitor Gaspar e Passos Coelho Face a Portugal e aos portugueses:
- "A primeira operação do terrorista financeiro sobre a sua vítima é a do terrorista convencional: o tiro na nuca. Ou seja, retira-lhe todo o carácter de pessoa, coisifica-a. Uma vez convertida em coisa, pouco importa se tem filhos ou pais, se acordou com febre, se está a divorciar-se ou se não dormiu porque está a preparar-se para uma competição. Nada disso conta para a economia financeira ou para o terrorista económico que acaba de pôr o dedo sobre o mapa, sobre um país - este, por acaso -, e diz "compro" ou "vendo" com a impunidade com que se joga Monopólio e se compra ou vende propriedades imobiliárias a fingir."
- "Avançamos com rupturas diárias, massacres diários, e há autores materiais desses atentados e responsáveis intelectuais dessas acções terroristas que passam impunes entre outras razões porque os terroristas vão a eleições e até ganham, e porque há atrás deles importantes grupos mediáticos que legitimam os movimentos especulativos de que somos vítimas".
Mentalizem-se do roubo que nos estão a impingir com a cantiga de embalar do bom aluno e de que temos de pagar a dívida. Claro que temos de pagar o que devemos. Os juros e a forma de a amortizar é que podem e devem ser diferentes. Sob pena de o devedor colapsar e entrar em insolvência.

Acordem!
À Parte deste comentário, vale a pena ler o resto.:

"Se percebemos bem - e não é fácil, porque somos um bocado tontos -, a economia financeira é a economia real do senhor feudal sobre o servo, do amo sobre o escravo, da metrópole sobre a colónia, do capitalista manchesteriano sobre o trabalhador explorado. A economia financeira é o inimigo da classe da economia real, com a qual brinca como um porco ocidental com corpo de criança num bordel asiático.


Esse porco filho da "mãe" pode, por exemplo, fazer com que a tua produção de trigo se valorize ou desvalorize dois anos antes de sequer ser semeada. Na verdade, pode comprar-te, sem que tu saibas da operação, uma colheita inexistente e vendê-la a um terceiro, que a venderá a um quarto e este a um quinto, e pode conseguir, de acordo com os seus interesses, que durante esse processo delirante o preço desse trigo quimérico dispare ou se afunde sem que tu ganhes mais caso suba, apesar de te deixar na merda se descer.

Se o preço baixar demasiado, talvez não te compense semear, mas ficarás endividado sem ter o que comer ou beber para o resto da tua vida e podes até ser preso ou condenado à forca por isso, dependendo da região geográfica em que estejas - e não há nenhuma segura. É disso que trata a economia financeira.

 
Para exemplificar, estamos a falar da colheita de um indivíduo, mas o que o porco filho da puta compra geralmente é um país inteiro e ao preço da chuva, um país com todos os cidadãos dentro, digamos que com gente real que se levanta realmente às seis da manhã e se deita à meia-noite. Um país que, da perspectiva do terrorista financeiro, não é mais do que um jogo de tabuleiro no qual um conjunto de bonecos Playmobil andam de um lado para o outro como se movem os peões no Jogo da Glória.

A primeira operação do terrorista financeiro sobre a sua vítima é a do terrorista convencional: o tiro na nuca. Ou seja, retira-lhe todo o carácter de pessoa, coisifica-a. Uma vez convertida em coisa, pouco importa se tem filhos ou pais, se acordou com febre, se está a divorciar-se ou se não dormiu porque está a preparar-se para uma competição. Nada disso conta para a economia financeira ou para o terrorista económico que acaba de pôr o dedo sobre o mapa, sobre um país - este, por acaso -, e diz "compro" ou "vendo" com a impunidade com que se joga Monopólio e se compra ou vende propriedades imobiliárias a fingir.

Quando o terrorista financeiro compra ou vende, converte em irreal o trabalho genuíno dos milhares ou milhões de pessoas que antes de irem trabalhar deixaram na creche pública - onde estas ainda existem - os filhos, também eles produto de consumo desse exército de cabrões protegidos pelos governos de meio mundo mas sobre protegidos, desde logo, por essa coisa a que chamamos Europa ou União Europeia ou, mais simplesmente, Alemanha, para cujos cofres estão a ser desviados neste preciso momento, enquanto lê estas linhas, milhares de milhões de euros que estavam nos nossos cofres.

E não são desviados num movimento racional, justo ou legítimo, são-no num movimento especulativo promovido por Merkel com a cumplicidade de todos os governos da chamada zona euro.

Tu e eu, com a nossa febre, os nossos filhos sem creche ou sem trabalho, o nosso pai doente e sem ajudas, com os nossos sofrimentos morais ou as nossas alegrias sentimentais, tu e eu já fomos coisificados por Draghi, por Lagarde, por Merkel, já não temos as qualidades humanas que nos tornam dignos da empatia dos nossos semelhantes. Somos simples mercadoria que pode ser expulsa do lar de idosos, do hospital, da escola pública, tornámo-nos algo desprezível, como esse pobre tipo a quem o terrorista, por antonomásia, está prestes a dar um tiro na nuca em nome de Deus ou da pátria.

A ti e a mim, estão a pôr nos carris do comboio uma bomba diária chamada prémio de risco, por exemplo, ou juros a sete anos, em nome da economia financeira. Avançamos com rupturas diárias, massacres diários, e há autores materiais desses atentados e responsáveis intelectuais dessas acções terroristas que passam impunes entre outras razões porque os terroristas vão a eleições e até ganham, e porque há atrás deles importantes grupos mediáticos que legitimam os movimentos especulativos de que somos vítimas.

A economia financeira, se começamos a perceber, significa que quem te comprou aquela colheita inexistente era um cabrão com os documentos certos. Terias tu liberdade para não vender? De forma alguma. Tê-la-ia comprado ao teu vizinho ou ao vizinho deste. A actividade principal da economia financeira consiste em alterar o preço das coisas, crime proibido quando acontece em pequena escala, mas encorajado pelas autoridades quando os valores são tamanhos que transbordam dos gráficos.

 

Aqui se modifica o preço das nossas vidas todos os dias sem que ninguém resolva o problema, ou mais, enviando as autoridades para cima de quem tenta fazê-lo. E, por Deus, as autoridades empenham-se a fundo para proteger esse filho da puta que te vendeu, recorrendo a um esquema legalmente permitido, um produto financeiro, ou seja, um objecto irreal no qual tu investiste, na melhor das hipóteses, toda a poupança real da tua vida. Vendeu fumaça, o grande porco, apoiado pelas leis do Estado que são as leis da economia financeira, já que estão ao seu serviço.

 

Na economia real, para que uma alface nasça, há que semeá-la e cuidar dela e dar-lhe o tempo necessário para se desenvolver. Depois, há que a colher, claro, e embalar e distribuir e facturar a 30, 60 ou 90 dias. Uma quantidade imensa de tempo e de energia para obter uns cêntimos que terás de dividir com o Estado, através dos impostos, para pagar os serviços comuns que agora nos são retirados porque a economia financeira tropeçou e há que tirá-la do buraco. A economia financeira não se contenta com a mais-valia do capitalismo clássico, precisa também do nosso sangue e está nele, por isso brinca com a nossa saúde pública e com a nossa educação e com a nossa justiça da mesma forma que um terrorista doentio, passo a redundância, brinca enfiando o cano da sua pistola no rabo do sequestrado.

Há já quatro anos que nos metem esse cano pelo rabo. E com a cumplicidade dos nossos."

Frase do Ano



Um bocado agressiva e exagerada, mas, infelizmente, com muito de verdade.



A principal causa para estarmos como estamos é a corrupção na política e na administração pública, que colocou os interesses de alguns acima dos interesses de todos. Agora querem que (para além de outros interesses individuais dos nossos actuais governantes), todo o povo português pague a factura do enriquecimento ilícito de "meia dúzia" de artistas!


Ah, e a assembleia da república, sempre tão profícua em criar leis que depauperam o bolso da populaça, continua sem criar uma lei anti-corrupção / anti-enriquecimento ilícito que leve, de facto, os culpados às barras dos tribunais e às prisões.

Claro está que alterar a actual situação parece não interessar a ninguém na A.R., sequer ao Sr. Presidente da República!

08 outubro 2012

Eis porque Passos não demitiu Relvas

Eis porque é que Passos Coelho não demitiu Relvas. Este sr. ainda tem a distinta lata de continuar a saquear os portugueses depois de levantada a peruca?
Claro que sim. A vergonha não é nenhuma.

Resta aos portugueses expulsá-los dos lugares que imoralmente ocupam.

03 outubro 2012

Adivinhação

Conhecendo eu as intenções deste governo ultra-ultra liberal que apenas está ao serviço dos grandes grupos económicos que lhes irão pagar dividendos dourados das suas acções de governação, após saírem da política, vou fazer um exercício de adivinhação das medidas mais uma vez não negociadas na concertação social:


a) Redução dos escalões de IRS, mais concretamente para 3, que se traduzirá num agravamento fiscal para todos. Em termos médios e para rendimentos acima de 650 euros, o agravamento do IRS deverá rondar os 10% absolutos! Não vai subir a cotização para a Segurança Social (S.S.) do trabalhador, mas vai busca-la no IRS que dá no mesmo.

b) Aumento das taxas de IMI em 20% (por ex. taxa de 0,40% p/ 0,48%). Os portugueses são proprietários, apesar de estarem endividados aos bancos e por isso merecem ser castigados. Não vão ter dinheiro para pagar, mas logo se vê.

c) Aumento em 30% dos impostos sobre o tabaco.

d) Aumento para 26,5% (agora são de 25%) das taxas liberatórias sobre rendimentos de capital.

e) Revisão de escalões de IVA para alguns produtos.

f) Aumento do imposto de circulação automóvel de 100% para os veículos adquiridos antes da entrada em vigor do IUC e de 50% para os restantes.

g) Aumento do ISP para a Gasolina em 10%

h) Retirada de 1 subsídio aos pensionistas e funcionários públicos.

i) Redução da duração e dos montantes do subsídio de desemprego.

j) Diminuição da TSU da entidade patronal em 6,75% absolutos – Cai de 23,75 para 17%.



Resultados destas medidas:

• O consumo vai diminuir na quantidade de bens e serviços adquiridos, mas também haverá o efeito de substituição, dando lugar à aquisição de bens mais baratos. A quebra deverá rondar os 8%.

• A quebra no consumo interno conduzirá a uma diminuição da actividade económica e ao encerramento de ainda mais empresas.

• Com o encerramento destas empresas, mais algumas centenas de milhares de portugueses engrossaram o grupo dos desempregados, cuja taxa ultrapassará os 20%.

• As receitas da Segurança Social caem abruptamente. Com o aumento do desemprego as contribuições diminuem e existe ainda a perda directa decorrente da redução da taxa de contribuição das empresas.

• Contudo, as despesas da S.S. aumentarão pois o efeito da subida do nº de desempregados é maior que a redução dos subsídios.

• As receitas do IVA descem ainda mais, dada a queda do consumo.

• As receitas do IRS sobem, mas muito menos que o esperado.

• Apesar do aumento do ISP as receitas também diminuem. As pessoas não têm emprego ou falta o dinheiro para lá chegar de carro.

• ……..



Conclusão:

Os portugueses serão roubados em 2013, mas de nada adiantará e se este governo se mantiver em funções em 2014 será ainda pior.

O PIB vai cair. O Défice não é corrigido porque as receitas fiscais diminuem e porque o seu valor absoluto vai representar ainda mais em termos percentuais em relação ao PIB. A dívida pública vai crescer em termos absolutos e percentuais do PIB.

O CDS e Paulo Portas também governam

Nunca se esqueçam: O CDS e Paulo Portas estão no governo e acabam por ser mais responsável pelas maldades que o PSD e Passos Coelho.
Sem o CDS as medidas não passariam na assembleia da república.

O CDS tem o poder de reprovar qulaquer maldade de Passos e Gaspar. Se não o fizer será mais responsável que estes 2.

Sigla P.S.D.

P.S.D. = Povo Sem Dinheiro

30 setembro 2012

Parabens PP Coelho


Um nº também para além da troila!

Grandes Mentiras

Para Quem Governa Passos?



De uma coisa o povo português pode ter certeza: Paços Coelho não governa para o cidadão, governa para si e para os grandes grupos económicos.

23 julho 2012

Super-ricos “escondem” mais de 17 biliões de euros em paraísos fiscais

Super-ricos “escondem” mais de 17 biliões de euros em paraísos fiscais . Eis o principal problema de hoje da economia mundial e que ninguém parace interessado em combater.
Pois, eu sei. É a partir daqui que os grandes grupos económicos "dominam" muitos políticos.

José Hermano Saraiva


José Hermano Saraiva faleceu no passado dia 20 de Julho. Personagem algo controversa da sociedade portuguesa, tanto por razões políticos, quer cientificas, mas que reunia o concenso na sua maior virtude: era um extraordinário comunicador.
Deixou um legado importante e indiscutível: levou a História de Portugal a milhões de lares portugueses que de outra forma, provavelmente, não teriam conhecido muitos dos seus episódios.
Condolências à ´sua família e paz à sua alma.

Corte ao Corte nos Subsídios

O Tribunal Constitucional (T.C.) deliberou que os cortes nos subsídios dos funcionários públicos imposto pelo Orçamento de Estado (O.E.) de 2012 são inconstitucionais.


Curiosamente, invoca pela 1ª vez o nº 4 do artº 282º da Constituição da Republica Portuguesa (C.R.P.) para restringir os efeitos da inconstitucionalidade apenas para além de 2012, aceitando os cortes no presente ano. Como um O.E. é uma lei válida para um ano, o tribunal decretou a inconstitucionalidade para além da vigência deste.

Mas o que realmente importa ao caso, são os motivos que conduziram à decisão e não a sua restrição.

Apesar de não concordar, desde o início, com este tipo de cortes, na parte que diz respeito aos salários, (pois já as pensões não são atribuídas, em Portugal, com base em valores sustentáveis e justos), não posso deixar de analisar a decisão do T.C. como sendo um juízo em causa própria, uma vez que também eram afectados directamente (e talvez mesmo indirectamente, não conheço o seu agregado familiar) e que não seria a primeira vez que uma norma inconstitucional passava no T.C..

O T.C. poderá afirmar que a igualdade e proporcionalidade invocadas, não podem ser vistas de forma restritiva, ou seja, atendendo apenas às partes publicas ou privadas dos rendimentos do trabalho, mas também deverá ser analisada quanto ao tipo de rendimentos afectados.

Pois.

Estou mesmo a ver o T.C. a tornar inconstitucionais as normas que permitem transferir os rendimentos obtidos em Portugal para outros países com regimes fiscais mais favoráveis.

Não, isso nunca acontecerá.

Assim, a análise restritiva tem de ser feita.

Os portugueses de 1ª, 2ª e até 3ª categoria continuarão a existir. Existem regimes de saúde diferentes (Por exemplo, no ano passado, numa das deslocações ao dentista que o SNS não disponibiliza, quando estava para pagar os 40,00 euros, a funcionária confundiu-me com um oficial do exército e pediu-me cerca de 6,00 €), formas distintas de aceder às pensões, números de horas semanais trabalhadas diferentes, …, etc. Para não falar da evidente diferença de segurança no emprego entre em F.P. e um privado.

Portanto, eu exijo também igualdade e proporcionalidade em tudo o resto que prejudica os trabalhadores do sector privado da economia e, apesar de não gostar de ver ninguém no desemprego, não quero, enquanto contribuinte, estar a pagar salários a nenhum F.P. que não tenha / desempenhe funções.

Relvas no Tour de France



É caso para dizer: da fama já não se livra.